quarta-feira, 13 de junho de 2007

Apontamentos aula 11/6

Impactos na Comunicação

Impacto social
As novas tecnologias exercem impactos importantes no campo da comunicação, tanto no aspecto cultural como no operacional.
Exemplos: novas formas de comunicação, no trabalho, entre amigos. Novos serviços são oferecidos, principalmente, pela internet. Jornalistas utilizam a web para pesquisa e como meio. Público busca características semelhantes em outros veículos.


Quando o analógico vira digital

O princípio de digitalização impõe que todo o processo de comunicação passe pela mudança. As máquinas analógicas para digitais. O impacto ocorre em todas as áreas do conhecimento. Com esse fenômeno, é possível transmitir muitos sinais ao mesmo tempo pelo mesmo canal, por exemplo.
Exemplos: na área cultural, o uso de MP3 na difusão da música.

Informações na rede
As máquinas foram transformadas em redes cotidianas, com a utilização de uma única linguagem (TCP-IP), os protocolos da internet, permitindo a comunicação, para troca de informações dentro da rede.
TCP - Transmission Control Protocol (Protocolo de Controle de Transmissão) - e o IP - Internet Protocol (Protocolo Internet).

A interatividade e a interface
A interatividade pode se dar entre pessoas (social); entre coisas (mecânico-analógica) e com a informação (eletrônica-digital).
Há muitas definições para o termo interatividade. As principais características são a pluridirecionalidade da transmissão da informação, o papel ativo do usuário e o ritmo da comunicação. A interface é pré-requisito para a interatividade, por isso interfere na interatividade.

Desmassificação
Desmassificação e desmaterialização
O primeiro termo significa a liberação de pólos (pelas redes), sem ter um centro de controle. Ao modelo “Um-Todos” dos meios tradicionais instala-se o modelo Todos-Todos” (LEVY)
O segundo relaciona-se com o papel do computador. Ele não é uma máquina fechada (como os outros meios), mas é aquilo que o programa permite fazer.

Nova mídia (de massa?)
A divisão entre meios individuais de comunicação (caixa do correio e telefone) e meios de massa como jornal, rádio e tv desaparece no computador ligado em rede.
A informação colhemos nos MCM pode ser recebida, mediante uma programação, de acordo com nossos interesses.

Programação personalizada
A programação personalizada dos grandes MCM é a grande inovação trazida pelas redes digitais.
A Web é chamada de mídia pull (puxa o interesse do internauta), enquanto a TV e o rádio são mídias push (mensagem empurrada ao telespectador ou ouvinte, de forma aleatória).

Comunicação endereçada

TV - em comum – interesses e temas.
Rádio – em comum cada membro da família tem o seu.
TV ou rádio pela internet - extremamente individualizadas.
“A comunicação endereçada é uma comunicação feita à medida do endereço, quer dizer dos seus interesses (incluindo a curiosidade!). Este princípio condiciona obviamente a informação dada. Esta não é facultada para todos indiscriminadamente, mas intencionalmente direccionada. A intenção é interessar ainda mais o endereçado.”

O caso da TV fechada
Nelson HOINEFF em A nova televisão: desmassificação e o impasse das grandes redes (p. 18), sobre a TV genérica: um cardápio esquizofrênico de programas seqüencialmente dispostos sem qualquer lógica.
O número de canais, a partir dos novos sistemas de distribuição de sinais, é apontado como a ponte de uma TV massificante para uma desmassificada (e temática).
Ainda sem novidades...
Segundo o autor, o sistema de broadcasting (grandes redes), trata o espectador de forma burra.
Ele pergunta: De que adiantam 500 canais e nada para ver?
Promessa: aumento de produções regionais e independentes na TV.

Rádio - VANTAGENS:
A transformação do sinal de analógico em bits (informação numérica) = A qualidade de som.
Possibilidade de transmissão simultânea de dados para os aparelhos receptores, em outras plataformas de mídia e de distribuição de informação (palms, celulares, internet)
O rádio passa a fazer parte da “convergência entre as telecomunicações, os meios de comunicação de massa e a informática que está dando origem a um novo sistema de comunicação em rede identificado pelo seu alcance global, pela interatividade e pela integração de todos os meios.”
Impactos no meio rádio
1 - diversificação do conteúdo para atender ao crescimento da oferta decorrente da diversificação de modalidades de canais.
2 - fim a audiência massiva e a fidelidade do ouvinte à única emissora.
3 – rádio para ler - Diante da possibilidade de transmissão de dados e oferta de serviços especializados.

Nova forma de trabalho
Esse cenário que sugere ao radiodifusor abrir mão do conteúdo exclusivo para entrar no campo da troca de informação. Significa modificar a estrutura de trabalho dos produtores de rádio tradicionais adequando o seu perfil para mais próximo do provedor de conteúdo.
Mudanças (em curso em grandes emissoras):
a) a profissionalização da programação com forte tendência à segmentação;
b) a modernização dos métodos de gerenciamento;
c) a diversificação do negócio rádio.
Desafios da transição
precária produção de jornalismo em pequenas e medias cidades do interior
equipes reduzidas, nem sempre formadas por jornalistas
emissoras com mais entretenimento – música, fofoca e pouca informação
poucas realmente com foco na informação de interesse público
dependência de verba publicitária do governo
Como poderão oferecer informação neste novo sistema digital?

Jornal
Será que o impresso vai acabar???
Pesquisadores afirmam que a sobrevivência dos jornais os levará a deixar a produção de noticias para privilegiar a distribuição de conteúdos informativos.
“supermercado da notícia” = com carrinho de compras e tudo.
Os jornais deixariam de ser os grandes produtores de notícias para serem intermediários no varejo informativo. Supermercados vendem o que outros produzem...

Perspectivas
1 - tese de Crosbie, autor do respeitado blog Digital Deliverance (www.digitaldeliverance.com): a saída para os grandes jornais está na “customização em massa“.
O conteúdo é orientado para necessidades locais ou setoriais, criando um jornal sob encomenda (on demand – semelhante ao sistema Pay per view de tvs por assinatura)
Muda tudo na produção
Terceirização para poder atender à demanda específica de diferentes setores, cada vez mais exigentes.
O conteúdo sempre foi estratégico, tanto que a indústria associa a competência e credibilidade à marca, gerando as conhecidas “grifes” informativas.
Perspectivas
2 – Com a diversidade de fontes pela internet, o consumidor passou a ficar mais seletivo, sendo possível também produzir informação, em sites, newsletters por correio eletrônico, fóruns online e pelos weblogs.
O noticiário genérico da imprensa perde terreno para a informação personalizada e focada oferecida pela internet. Não pelas versões online dos grandes jornais, mas pelos chats, os fóruns, weblogs e sites comunitários.

Um novo profissional
Hoje já despontam os blogues de grifes do noticiário. Mas a tendência é que cada jornalista busque essa personalização da notícia, antes mesmo de ser famoso.
“Mas, diante da demanda crescente por informações regionais, locais e setoriais, o jornalista passará a ter que dedicar maior atenção à comunidade onde está inserido. Isto o submeterá a cobranças e a uma transparência muito maiores, pois a distância entre o profissional e suas fontes será reduzida a quase zero.”
E A COBRANÇA SERÁ DIRETA!

Datas textos para AVP1
18/6 – leitura texto 06
25/6 – leitura texto 07
02/7 – entrega texto versão 03 (para quem quiser modificar o conceito recebido da versão 02 do texto)
04/7 – leitura texto 08
09/7 – leitura texto 09

Datas dos textos AVP2
11/7 – leitura texto 10
18/7 – leitura texto 11
25/7 – leitura texto 12
30/7 – leitura texto 13
8/8 – entrega texto final artigo
8, 13 e 15/8 – mostra de produtos/entrega e apresentação

BIBLIOGRAFIA DA AULA
BIANCO, N.R. E tudo vai mudar quando o Digital chegar http://www.bocc.ubi.pt/pag/bianco-nelia-radio-digital.pdf
CASTILHO, C. LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA Jornais do futuro, "supermercados“.
HOINEFF, N. A nova televisão: desmassificação e o impasse das grandes redes. RJ: Belume-Dumará, 1996.
FIDALGO, A. A comunicação endereçada. http://bocc.ubi.pt/pag/_texto.php3?html2=fidalgo-antonio-comunicacao-enderecada.html
LEVY, P. Tecnologias da inteligência. 1993.
NEGROPONTE, N. A vida digital. SP: Cia das Letras, 1996.

domingo, 10 de junho de 2007

Cliques da justiça

Veja que interessante: Os chineses estão atuando na rede como justiceiros virtuais, expedindo mandados de prisão. Leia a notícia da BBC no site do O Globo.

Abs