terça-feira, 5 de junho de 2007

Televisão digital

DIRETO DO SITE DA CARTA CAPITAL - ACESSE
A HORA DO UPGRADE
por André Siqueira
Legislação não acompanha a convergência digital e interfere nos rumos da disputa entre as empresas

“Deu a louca nas teles”, pensaria um observador ao analisar os últimos lances do tabuleiro das telecomunicações no Brasil sem ter em vista a convergência digital, o fenômeno que promete transformar computadores, telefones fixos e móveis e televisões em aparelhos com funções cada vez mais parecidas. De quebra, empresas de telefonia, tevê paga e provedores de acesso à internet passam a disputar os mesmos clientes.

No domingo 29, a Telefônica anunciou a compra da TVA, quarta maior empresa de TV por assinatura do País (que pertencia ao grupo Abril). Num primeiro momento a operadora de telefonia vai assumir 100% das operações de MMDS (microondas). Nesse caso, a regulamentação não prevê restrição ao capital estrangeiro. O valor não foi revelado.

Há pouco mais de duas semanas, a NET Serviços, operadora de tevê por assinatura que tem a Embratel entre os principais acionistas, anunciou a compra da concorrente Vivax, com forte atuação no interior de São Paulo, numa operação de troca de ações. No fim de julho, a Telemar arrematou em leilão privado outra empresa de distribuição de conteúdo televisivo, a mineira Way TV, por 132 milhões de reais, e aguarda a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para concretizar o negócio.

O objetivo das grandes operadoras é oferecer um produto que a regulamentação brasileira simplesmente não considera como tal: um pacote fechado de serviços de telefonia (móvel e fixa), tevê por assinatura e internet. Todos querem se tornar o que o mercado chama de triple players, superoperadoras capazes de incluir numa só fatura serviços de voz, vídeo e dados.

Esse é um jogo caro e arriscado, por isso deixa espaço para poucos participantes. Primeiro, porque exige cacife para arrematar concorrentes e adequar as redes de transmissão de informação aos novos serviços. Mas o dinheiro não é o principal problema. Difícil é fazer isso em um ambiente regulatório criado na segunda metade dos anos 90, com vistas à privatização da Telebrás. Na ocasião, o principal objetivo era atrair capital e estimular a competição num mercado até então monopolista, nas mãos da extinta estatal Telebrás.

Enquanto investidores se reposicionam no meio do fogo cruzado entre empresas que até pouco tempo não concorriam entre si, especialistas discutem se as regras válidas para as áreas de telecomunicações e radiodifusão não deveriam seguir o mesmo caminho da tecnologia e convergir numa só lei, mais abrangente e adequada ao novo cenário.

“As regras não correspondem mais à realidade do setor”, avalia o presidente da consultoria IDC, Fábio Costa. “Elas limitam a atuação dos grandes grupos, devido à expectativa de mais competição. Assim, não vão nem para um lado, nem para o outro.” Para o executivo, a legislação em vigor fazia sentido na época das privatizações, mas hoje é excessivamente orientada para impedir a formação de oligopólios num mercado em que não há tantos investidores de grande porte dispostos a brigar.

Como resultado, as empresas valem-se de brechas, ou indefinições, na legislação para entrar em novos mercados. Um exemplo é a oferta de serviços de voz pela internet (VoIP) por provedores de acesso à rede e operadoras de tevê por assinatura. A Anatel não considera o serviço como telefonia, e por isso não estende a ele as mesmas metas e obrigações impostas às concessionárias. A resposta das telefônicas é a recente investida sobre a distribuição de conteúdo televisivo, embora a Lei do Cabo, de 1995, proíba a entrada das concessionárias de telecomunicações nesse tipo de serviço.

Para driblar a legislação, sem deixar de atendê-la, a Telemar valeu-se de um artigo que permite a entrada de teles na atividade de tevê por assinatura se não houver interesse de empresas privadas. A Telefônica decidiu se associar a uma transmissora de conteúdo por satélite, já que as regras se referem apenas às redes de cabo. O grupo quer ganhar tempo enquanto desenvolve a tecnologia de transmissão de tevê pela internet, conhecida como IPTV. Finalmente, a Embratel, que começou a oferecer serviços triple play em parceria com a Net, não enfrenta os mesmos problemas porque não detém o controle acionário da operadora de tevê.

O presidente da Telefônica, Fernando Xavier, afirma que o veto à entrada das concessionárias de telefonia no mercado de tevê por assinatura configura uma “assimetria concorrencial”. Em outras palavras, as regras fazem com que a investida ocorra em uma única direção. “O quadro regulatório carece de atualização urgente, para dar às empresas igualdade de condições para atacar os mercados”, diz o executivo. Ele alega que, nas mãos das operadoras de tevê, o triple play não vai chegar a um número significativo de usuários. “Empresas que exploram serviços sem o compromisso da universalização podem predefinir o cliente que querem atingir e tendem a ficar apenas no filé mignon.”

A Associação Brasileira das Empresas de TV por Assinatura (ABTA) contra-ataca ao afirmar que, em posição de quase monopólio nas áreas de atuação, as concessionárias de telefonia fixa teriam condições de matar a concorrência e dominar o novo negócio. “Nosso mercado é altamente competitivo e seria asfixiado pelas teles”, afirma o presidente da ABTA, Alexandre Annenberg. “Temos limitações para a entrada de capital estrangeiro nas empresas e seguimos regras diferentes das de outros setores.” Vale lembrar que só recentemente, com a venda de acesso à internet em alta velocidade, as operadoras de tevê por assinatura conseguiram se equilibrar financeiramente.

Outra conseqüência do novo cenário das telecomunicações é que, entre os investidores, o número de vendedores tornou-se maior do que o de compradores. Na área da telefonia móvel, há o caso da operadora TIM, cuja venda já foi cogitada pela controladora, a Telecom Italia. A Telemig, segundo comenta-se, estaria há alguns meses em busca de uma boa oferta de compra. Na Vivo, também são esperadas mudanças, com uma possível transferência da participação da Portugal Telecom para a espanhola Telefónica.

Mesmo entre as operadoras de telefonia fixa, as que mais avançam sobre outras áreas, há movimentações importantes na agenda. A principal é a reestruturação da Telemar, que será votada por acionistas em assembléia em 13 de novembro. Se aprovada, a mudança consistirá na pulverização das ações da empresa, com a saída dos maiores acionistas, como BNDES, GP Investimentos, Previ e Opportunity, do bloco de controle. A operação deverá transferir o poder de decisão para um conselho eleito por todos os detentores de papéis da empresa.

Analistas apontaram para a possibilidade de a Brasil Telecom adotar a mesma estratégia. Mas, na quinta-feira 19, o presidente da Telemar, Luiz Eduardo Falco, declarou que, uma vez reestruturada, a empresa pode partir para uma tentativa de se unir à rival. “Ou a gente pulveriza ou não abre caminho para a terceira plataforma, que poderia se consolidar com uma junção com a Brasil Telecom”, disse o executivo ao jornal O Globo.

Procurada por CartaCapital, a empresa não deu mais detalhes sobre a operação. Mas a manobra pretendida por Falco esbarra na legislação, feita de modo a impedir que duas concessionárias de telefonia fixa tenham os mesmos donos. A elaboração do atual modelo do setor de telecomunicações brasileiro ocorreu na segunda metade dos anos 90, com base na experiência norte-americana de divisão e privatização total do sistema. A antiga Telebrás foi dividida em 12 empresas, vendidas em junho de 1998 por mais de 20 bilhões de dólares. O preço levava em conta a imensa demanda reprimida pelos serviços no País, mas não previa o baixo crescimento da economia nos anos seguintes.

“Não há como fazer milagre. Por mais que sobrem linhas, o custo de aquisição e manutenção do serviço ainda está muito elevado para a renda média da população”, diz Daniel Doll Lemos, analista da Socopa Corretora. Ele acredita que a demanda ainda pode crescer, embora o cenário atual mostre a telefonia fixa estagnada, enquanto a móvel evolui à custa de subsídios à venda de aparelhos e de promoções oferecidas pelas operadoras. O maior problema, segundo Lemos, é que nem todo investidor tem fôlego, ou vocação, para esperar a melhoria do mercado. “Para quem não é do setor, não é viável esperar tanto tempo”, avalia. “Daí as fortes pressões de venda esperadas daqui para a frente.”

O resultado da debandada seria, de acordo com o analista da Socopa, um retrocesso no setor: pouca concorrência, ainda que sem um monopólio de fato. “Cada vez mais vamos nos aproximar do que havia antes (da privatização das teles)”, prevê Lemos. A questão, caso o analista esteja correto, é se as regras do setor não deveriam ser adaptadas a uma realidade em que poucos grandes grupos tenham de brigar entre si.

O diretor de Regulamentação e Estratégia da Telemar, Alain Riviere, ressalta que o modelo do setor não previa regras contra um futuro movimento de consolidação, deixando à Anatel e ao Cade a tarefa de avaliar se uma consolidação do setor traria riscos para o usuário. Para o executivo, o modelo foi um sucesso ao promover a universalização dos serviços, mas o vencimento dos contratos de concessão (renovados no fim de 2005) era o momento adequado para a atualização das regras. “Hoje, com a possibilidade de oferecer todos os serviços pelos mesmos meios, muitos países estão evoluindo para a outorga única”, diz Riviere.

Fábio Costa, presidente do IDC, também defende a criação de uma licença válida para a prestação de todo tipo de serviço de comunicação, como forma de lidar com o fenômeno da convergência tecnológica. “A Lei Geral de Telecomunicações tem de priorizar o consumidor e abrir novas frentes de concorrência, deixando todos competirem contra todos, sem cercear o conteúdo.”

O diretor da Telemar lembra que a Anatel criou a licença para Serviços de Comunicação Multimídia (SMC), mas manteve a distinção entre os novos serviços, como a telefonia pela internet (VoIP) e os demais serviços. “A licença acaba valendo para o resto, quando deveria ser válida para o todo, em se tratando de convergência”, afirma Riviere. O executivo diz que o modelo de outorga única poderia ser “saudável, porque cria escala.” “O cliente quer resolver todos os seus problemas com uma só operadora, dentro do conceito de one-stop-shop”, alega.

Para promover as mudanças nas regras, no entanto, o executivo da Telemar acredita que o governo deveria realizar um debate amplo que inclua as prestadoras de serviço, respeitando as regras e os contratos vigentes. “Num caso como o da licença única, não é preciso forçar a migração das atuais operadoras para a nova regra”, afirma. “Permitir a entrada de novos competidores representa quebra de contrato. Não se pode confundir garantia de regras com manutenção do status quo.”

Riviere admite que a competição é menor na área da telefonia fixa do que entre as operadoras móveis, mas aponta para a competição entre os serviços. “A PNAD mostra que de cada dez municípios em nossa área de atuação um tem linha fixa, três também contam com telefone móvel e dois possuem apenas o celular. Ou seja, muitas casas trocam o telefone fixo por um celular pré-pago”, afirma. “Não dá para avaliar se existe concentração olhando um só serviço.”

A telefonia celular promete entrar com força na briga por novos segmentos a partir do desenvolvimento das tecnologias de acesso móvel à internet em alta velocidade, como o WiMax. A Claro antecipou-se ao anunciar, há poucos dias, que vai integrar o pacote de serviços lançado pela Net e pela Embratel, que assim incluirá tevê por assinatura, telefonia fixa e móvel e acesso à internet numa estratégia que há quem chame de quadruple play. “A oferta de serviços em conjunto com a Net e a Embratel representa benefícios para o cliente, daí o nosso interesse pelo negócio”, diz o presidente da Claro, João Cox. O executivo admite, entretanto, que a parceria atinge um nicho restrito de consumidores corporativos ou de alta renda.

Mudanças nas atuais regras teriam de levar em conta, além dos avanços tecnológicos, a necessidade de estender a toda a população as vantagens trazidas pelo fenômeno da convergência. Alex Zago, analista da consultoria Frost & Sullivan, acrescenta a necessidade de manter algum nível de competição no setor. “Mesmo regulados, os monopólios representam riscos grandes para o consumidor quando o acompanhamento das empresas não é muito próximo”, afirma. “E as autoridades brasileiras são mais eficazes quando conseguem pelo menos não atrapalhar o desenvolvimento dos novos mercados.”

13 comentários:

Anônimo disse...

Uma nova tecnologia, que seja barata, eficaz e que atinja a "maioria" dos brasileiros. Essa é a proposta do Sistema Brasileiro de Tv Digital, que será inserida no país em 2006 segundo um decreto federal de 2005. Com intuito de proporcionar melhor qualidade, interatividade,acesso a internet via tv, entre outras facilidades (comodidades)foi criado o SBTVD.
Esse sistema não se restringe a essas facilidades, ele abrange uma gama de novas tecnologias e inovações que possibilitaram melhorias no sistema televisivo brasileiro, assim como acesso a conexões em rede em alta velocidade, e programas para identificar o perfil dos consumidores.
Tudo isso leva a pensar que mais uma vez o objetivo do "negócio" tv digital é obter lucros.
Em poucos momentos se fala em mudar o conteúdo, em tornar a televisão mais cultiral e educativa, é claro que assim como os autores do texto citam as melhorias na produção, a identificação do gosto público, mas sempre pensando em como fazer da programação algo cada vez mais mlucrativo, esquecendo a sua função social.
Fala-se muito em mudança de paradigmas, reestruturação de empresas, mas reestruturação de conteúdo é quase sempre esquecido.
O texto traz a realidade da discussão sobre qual modelo de tv digital adotar, trazem a problemática dos custos para a troca. Sempre enfatizando que o que mais se leva em conta são os aspectos econômicos envolvidos, quanto vai custar.
Fica a indagação, quanto custa a inclusão digital de milhões de brasileiros?

Duane Löblein

Anônimo disse...

O processo de implantação de TV digital no Brasil provoca um turbilhão de interesses de empresas de comunicação (TV, telefonia, internet) universidades e governo.
A idéia tratada no texto de Barbosa & Castro é a possibilidade de colocar aa disposição da maioria da população (consumidores), um serviço de qualidade, com o maior volume de serviços. TV, internet, relações com o governo e de comércio, com interatividade proativa, são preocupações do Grupo de Trabalho que analisa o assunto.
O desenvolvimento de tecnologia própria, no que se refere ao aparelho conversor a ser adquirido pelos proprietários de aparelhos analógicos, com custo acessível, em detrimento de um pacote pronto, oferecido pela indústria dos EUA ou Japão, é outra diferença apontada pelo texto.
Evitar ao máximo a exclusão que outras tecnologias estão provocando parece ser o centro da questão abordada pelos autores.
Na matéria da Carta Maior, nota-se a movimentação das grandes empresas em se anteciparem, técnica e juridicamente, ao novo formato de comunicação que será introduzido pelo SBTVD. Como o setor é estimulado por forte concorrência, a briga parece ser violenta e está apenas começando.
Como a TV é um MC popularizado, as modificações irão mudar hábitos e costumes. Por isso, é fundamental que o Estado regule a atividade com o objetivo de contemplar os telespectadores passivos, ou seja, a maioria.
A palavra de ordem é não elitizar.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

O Sistema de TV Digital no Brasil é uma causa mais social do que tecnológica. O Brasil é um país com um desequilibro social muito grande, e a inserção da tv digital só aumentaria isso.
Claro que a tv digital tem vários pontos positivos, é uma tecnologia invejável que já deu certo em outros países, porém países mais desenvolvidos que o Brasil. Proporciona a interação das emissoras de tv com seus telespectadores. Mas estamos falando de uma parte da população, que teria condições econômicas de mudar da tv analógica para a digital.
No texto, o autor fala em Set Top Box (caixa conversora), um aparelho que converte o sinal analógico para o digital, para beneficiar as classes C, D e E. Esse aparelho seria vendido a um preço acessível. Porém, da implantação até a popularização temos um longo tempo, podemos concluir isso de experiências anteriores, como com a internet. No início poucos possuíam acesso, só hoje podemos ver o início de sua popularização. A implantação do Sistema Digital causará maior exclusão digital do que já vivenciamos. Ao invés de gastar tanto com a implantação desse sistema, o país deveria investir em projetos sociais internos, e depois de fortalecido, pensar nessa tecnologia, para aí sim atingir uma parte significativa da sua população.

Anônimo disse...

A televisão surgiu como meio de comunicação nos anos de 1950 e se apresenta hoje como um dos meios que atinge uma parcela central da população.
O poder de persuasão da televisão é um fenômeno muito estudado e até criticado por escritores.
Porém com o avanço das tecnologias ela passa, assim como outros veículos a ser digital. Em um sistema que abrange a interatividade na possibilidade de acesso a internet ou de enviar mensagens de celular pelo tevevisor, além do fato de o telespectador escolher entre uma gama de canais, o que ele quer assistir.
Assim como os demais avanços da tecnologia, a TV digital no mesmo momento em que oferece maiores recursos ela também poderá aumentar o processo de exclusão digital existente na aldeia global de comunicação.

Eveline e Felipe

Anônimo disse...

Analisando o texto: “ O caso brasileiro de TV Digital e a proposta de nova plataforma de comunicação para os países emergentes” , percebe-se que com a chegada do modelo digital o conceito de TV torna-se amplo. O conceito de TV passa a ser entendido como o transporte de qualquer conteúdo baseado em imagens para qualquer lugar onde exista aparelho receptor adequado para receber essas imagens.
Como qualquer tentativa de implantação de novidades, a Tv digital provoca discussões sobre suas vantagens e desvantagens. Como vantagens podemos citar a melhoria da qualidade de transmissão de imagens, maior interatividade do receptor com o meio, acesso a Internet, diversidade de canais e conteúdos e, ainda, proporciona facilidade de comércio.
Porém, é um projeto que requer alto investimento. No artigo analisado, o autor salienta a preocupação dos idealizadores do Sistema Brasileiro de TV Digital em evitar a exclusão Digital, mas acreditamos que inicialmente essa exclusão digital vai existir, já que nem toda população terá acesso a essa tecnologia.
Nota-se que a TV Digital provoca discussões sobre seus prós e contras. Certamente, é um projeto inovador que não encontrará facilidade de penetrar nas residências de uma hora para outra. Segundo o artigo, durante um período aproximado de 10 anos, a TV Digital irá conviver com a analógica.
Pensando no Sistema Brasileiro de TV Digital como um projeto com finalidade de proporcionar interatividade e desenvolvimento de novas aplicações que ofereçam entretenimento a população, promova educação, cultura e inclusão social, acreditamos que ainda existe muito a ser feito. Num primeiro momento, é um projeto interessante. Resta agora aguardar sua efetiva implantação para avaliar suas conseqüências positiva ou negativamente

POR: Heloíse e Roscéli.

Giccah disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Giccah disse...

O Sistema Brasileiro de TV Digital propõe que a inserção de um sistema mais simples e barato para que todos, ou a maioria, dos brasileiros possam usufruir a tv digital, mesmo aqueles que não tem condições de ter um aparelho de Tv moderno poderão usufruir com a aquisição de uma caixa conversora, e todos a classes sociais poderão usar esse sistema, não havendo uma grande exclusão digital.
A TV digital já é, em alguns paises que possuem um poder aquisitivo maior, uma realidade.Ela é uma evolução muito grande para a comunicação, nesse sistema é proposta uma maior interatividade do publico.
O sistema brasileiro merece atenção, pois como diz no texto, é a primeira vez no Brasil que varias universidades, empresas e pesquisadores se juntam para desenvolver o SBTVD.Isso fará com que todos poderão apropriar-se desse conhecimento.

Gianini

Anônimo disse...

A TV digital, que ainda não tem data definida pra ingressar às casas dos brasileiros, surge em meio às evoluções tecnológicas e uso da comunicação digital. Ela será conectada a uma rede de alta velocidade, na qual até a programação a ser assistida poderá ser da escolha do espectador.
Tudo bem, tudo isso é ótimo para quem gosta de ficar em casa assistindo a programação, pra quem gosta de curtir um cineminha será ótimo também. Mas eu como usuário e crítico da Televisão brasileira, que por sinal é decadente, me pergunto muitas vezes onde está a opinião da mídia televisiva nesta questão, pois não se vê a Globo ou o Sbt falando sobre as mudanças profundas que devem ser feitas nas programações. Ou será que a única coisa que vai mudar é o som e a imagem???

Gustavo Farezin

Unknown disse...

"Televisão digital"

O surgimento da televisão digital vem para acompanhar a evolução das novas tecnologias (computador, internet, notbook,laptop,entre outros) e proporcionar à população mais interatividade, entreternimento e inclusão social. Porém, como a internet causou e ainda causa exclusão social, com a TV digital não vai ser diferente, milhões de brasileiros não terão acesso a essa tecnologia.
O caso de implantar a tv digital no Brasil envolve a questão de lucratividade de algumas empresas(companhias telefônicas, etc),que na verdade, não estão preocupadas se toda a população irá usufruir de dispositivo tecnológico.
Alunos: Gustavo Menegusso e Franciele Vitali.

Anônimo disse...

O projeto brasileiro para implantação da tv digital está em desenvolvimento e tem objetivo de ser diferente dos sistemas chinês e indiano, que tem dois sistemas, mas difundidos em regiões diferentes.
Um projeto tão grande que envolve 73 universidades e empresas privadas e 1200 pesquisadores em todo Brasil em busca de um objetivo comum, o SBTVD.
Também com o objetivo de incluir cada vez mais brasileiros no meio digital, trazendo consigo um modelo que disponibiliza serviços de internet, telefonia, consumo, etc. e também atingir o máximo de brasileiros.

By Jefferson e Jonathan

Unknown disse...

A globalização incentiva à disputa por mercados e a capacidade de aumentar o alcance e qualidade dos serviços ofertados para conquistar novos adeptos a esses serviços. A criação de dispositivos tecnológicos, como a TV digital é um exemplo de aumento de qualidade com redução de custos, porém com um aumento de capital circulando no meio televisivo. Assim possibilitando um maior número de empresas de estar em no meio televisivo, empresas essa que terão número reduzidos de empregados, já que o produto será ofertado através da TV.
Um ponto a ser observado é que o receptor do sinal digital poderá construir a programação que deseja consumir ideal a seu gosto, deixando de apenas receber, passando a interagir com a TV. A mídia perderá parte de sua hegemonia, dando parte do controle aos receptores, ou seja, na TV analógica a mídia nos “empurrava” a programação escolhida por ela, e com a TVD poderemos regular parte disso, eliminando de nosso “cardápio” os programas indesejados.
Os meios analógicos de transmissão e recepção da TV ainda se estenderão por 10 anos até o amadurecimento total da TV digital.
Uma das questões debatidas é até que ponto esse novo sistema vai ajudar na inclusão social visada pelo Brasil. Todos terão acesso a essa tecnologia ?

Eliana , Philipe.

Anônimo disse...

Professora, relendo o texto outra questão me chamou a atenção.
Eles comentam que a difusão da Televisão Digital teriam como uma das prioridades a inclusão social, através de atributos de usabilidade e interatividade. Tudo bem, isso pode e realmente deve acontecer com a implantação do sistema, porém como em todas as novas tecnologias sabemos que o acesso é restrito e dificilmente as grandes maiorias terão a TVD em suas casas.
Por isso acredito que a propagação do conceito de inclusão social deve ser reavaliado por nós estudantes quando tratarmos esse assunto novamente em sala de aula.
Entretanto concordo que o novo modelo de televisão digital necessite de uma quebra de paradigmas para que possa ser aceito mais facilmente, é preciso que as pessoas confiem nesta nova tecnologia para que ela possa virar comunicação de massa.

Eveline Poncio