quarta-feira, 30 de maio de 2007

Apontamentos aula 30/5

A comunicação em rede
Diferencial
Na Sociedade da Informação, empresas e pessoas dispõem de meios próprios para armazenar conhecimento, bem como capacidade para acessar a informação gerada pelos outros e de gerar dados também.
O caráter geral e ilimitado de acesso à informação caracteriza a Sociedade da Informação.
A presença dos novos meios permite alterações da forma de atuação de todos nos processos sociais, inclusive com mutações na maneira de ser no mundo.
Chegam a transformar os valores, as atitudes e o comportamento e, com isso, afetam diretamente a cultura e a sociedade em geral.
Modificações culturais
A globalização modificou a cultura, além do que era proposto pelo próprio viés econômico.
Já a “glocalização” (Giddens) remete para a importância do local no contexto global.
Massificação perde importância.

Esquema da SI
Usuários: pessoas ou organizações que têm acesso aos conteúdos por meio de infra-estrutura.
Infra-estrutura: meios técnicos que permitem aos usuários ter acesso de maneira remota aos conteúdos.
Conteúdo: informação, produtos ou serviços (no sentido do setor terciário) aos quais os usuários podem ter acesso sem a necessidade de se deslocar a um lugar determinado.
Entorno: fatores ou agentes diversos que podem influenciar em qualquer fenômeno que aconteça na sociedade e, portanto, podem afetar a orientação e o ritmo de desenvolvimento da Sociedade da Informação.
IN: A Sociedade da Informação no Brasil. Telefônica: 2002.

A economia global
Globalização e interdependência dos mercados financeiros viabilizada tecnologicamente pela rede das redes possibilita transações em tempo real.
Nasdaq foi essencial para a nova economia. É uma bolsa de valores sem sede, baseada numa rede de computadores.
A tecnologia da transação reduz em pelo menos 50% e por isso atrai cada vez mais investidores.

Forma de organização
Mudanças da economia atingem todo o tipo de empresa, não apenas as do tipo ponto com
O mercado financeiro é caracterizado a partir da sua volatilidade, movida a informações. Abalos são sentidos em mercados globais
Decisões da “percepção”
Os mercados reagem também a condições macro-econômicas e a decisões políticas. Na verdade, pretendem antecipar-se a elas.
As “turbulências de informações”(Castells) são critérios não-econômicos que acabam gerando decisões políticas e econômicas
Internet colabora com publicações on-line de todo o tipo, com rumores e vazamentos antes fechados a pequenos grupos
Manuel Castells:
“... A transação eletrônica aumenta o número de investidores, com estratégias extremamente diversificadas, operando através de uma rede descentralizada de fontes de investimento num mercado interdependente, global, que opera em alta velocidade... Assim, as transformações tanto das finanças quanto da tecnologia da transação convergem para a volatilidade do mercado como uma tendência sistêmica” (A galáxia da internet, p.73)

Novas empresas
O chamado sistema em rede do mercado de trabalho gera o que Castells chama de “Economia da inovação”.
Empresas sobrevivem cada vez mais ligadas à internet, fazendo negócios com, pela e na rede

A essência do negócio eletrônico...
“.. está na conexão em rede, interativa, baseada na internet, entre produtores, consumidores e prestadores de serviços. Aqui, mais uma vez, a rede é a mensagem. É a capacidade de interagir, recuperar e distribuir globalmente, de maneira personalizada, que está na fonte da redução de custo, da qualidade, eficiência e satisfação do comprador – a menos que a administração da complexidade derrube o sistema...” (Castells, p.65)

Reflexos no trabalho
Alto nível de instrução e iniciativa
O profissional adaptado para esse mercado, terá de ser capaz de organizar informações.
Conceito de “aprender a aprender”, significa estar apto a buscar as informações e adaptar-se a novos contextos
Chamados “profissionais auto-programáveis”, com uma base de autonomia maior para tomada de decisões

Formação profissional
Os negócios eletrônicos exigem um profissional com flexibilidade, padrões variáveis de emprego, diversidade das condições de trabalho e individualização das relações trabalhistas.

Bibliografia
CASTELLS, M. A galáxia da internet. RJ: Jorge Zahar Ed., 2003.
PINHO, J.B. Jornalismo na internet. SP: Summus, 2003.
WAINBERG, J. A rede das redes e a construção da informação e comunicação no Brasil. Mimeo. 2000.
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O celular e a cidade
O que é Comunicação síncrona?
Interação entre duas ou mais pessoas ao mesmo tempo (face-to-face ou tempo real). Pode ser mediada por dispositivos tecnológicos, por exemplo, telefone fixo ou móvel, webcam, MSN, chat e teleconferência.

Comunicação assíncrona?
Comunicação entre duas ou mais pessoas em tempos diferentes.
Este modelo é bastante utilizado, porque várias pessoas podem tomar conhecimento ou discutir determinado tema mesmo não estando disponíveis no mesmo momento.
Exemplos: listas de discussão, fóruns e e-mails.



DESTAQUES DO TEXTO
SOUZA, L et. al. Cidade, Tecnologia e Cultura: o serviço de telefonia móvel e a mudança da interação social na sociedade brasileira contemporânea. http://reposcom.portcom.intercom.org.br/bitstream/1904/17858/1/R0902-1.pdf

Telefone celular
A tecnologia da telefonia móvel pessoal desempenha importante papel neste contexto. Ela vem interagindo diretamente com o conceito de digitalização da vida cotidiana, permitindo que diversos atores sociais vivam sempre mais intensamente essa nova forma de configuração do espaço urbano. E cada vez mais convergem para o telefone celular as mídias digitais, acirrando o rompimento dos limites entre os meios, tornando-os solidários em termos operacionais, e erodindo as tradicionais relações que mantinham entre si e com seus usuários. (p.2)

Cidades digitais
Interação entre as cidades contemporâneas e as redes digitais de comunicação e informação. Manuel Castells (2002) denominou as cidades integradas aos meios digitais de informação e comunicação como Cidades Globais; Anthony Townsend (2001) caracterizou-as como Network Cities; Alessandro Aurigi e Stephen Graham (1997) como Virtual Cities; enquanto Lévy (2000) e Lemos (2004) preferiram a denominação de Cidade Digital. (p.4)

Integração e convergência
Uma das maiores conseqüências dessa quebra da validade de fronteiras é a observável tendência de integração de diversos aspectos das políticas públicas para informática, eletrônica e telecomunicações, com alguns aspectos das políticas relativas aos mídia e à cultura. A Internet, a imprensa, a indústria gráfica, o rádio, a televisão, a biblioteca, a telefonia e a informática estão ficando mais interconectados e interdependentes, de tal forma que uma política de governo ou uma estratégia empresarial para um deles pode ter significativas implicações para os outros. (p.7)
Celular interativo
O celular é, atualmente, veículo de notícias da imprensa, imagens fotográficas, TV e cinema, gravações da indústria fonográfica, livros, jogos, tudo associado a um só aparelho. Comparado já a um computador de bolso, o celular está desbancando ainda, pela normalidade de uso, relógios de pulso e câmeras fotográficas (Jorge, 2005).

Serviços agregados
A explosão da telefonia móvel no Brasil não se deu apenas pela via quantitativa, em termos de número aparelhos vendidos e de usuários utilizando o serviço básico. Embora em ritmo bem menos intenso, ela se deu também no que se refere à interconexão da vida do cidadão com os eventos urbanos e interligando os próprios cidadãos em redes sociais assíncronas. Surgiram novos serviços agregados, existindo hoje dezenas de empresas especializadas em fornecer conteúdo para as operadoras de telefonia móvel, com opções que vão de envio de notícias, download de imagens e de vídeos, toques de campainhas, passando por câmeras digitais, teleconferências, acesso à Internet, noticiários, troca de arquivos de computador até a incorporação de sistemas de telelocalização (GPS), que permitem a definição da posição geográfica da pessoa por meio de uma rede de satélites com uma margem de erro de cinco a cinqüenta metros. (p.9)

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